sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Você muda, sua libido também. E a boa notícia é que tempo e experiência são grandes aliados do prazer feminino. Confira a sua década! 



Às vezes, até para a mulher. Em contrapartida, a capacidade de sentir prazer tende a evoluir com o tempo. É uma questão de querer aprender e manter-se atenta às respostas do próprio corpo e do seu par. Para isso, cada década da vida deve funcionar como uma etapa de aprendizado. Enquanto o senso comum imagina que a juventude seja a época áurea do sexo, a verdade é outra. A psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da USP, fundadora e coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) dessa faculdade e autora do livro Descobrimento sexual do Brasil (Summus Editorial), revela que o maior índice de anorgasmia (ausência da sensação de orgasmo) feminina se concentra até os 25 anos. Essa é uma fase em que muitas jovens se ressentem da inexperiência e de certa inibição. Tanto que muitas, apesar de se julgarem liberais, ainda têm dificuldade para convencer o parceiro a usar camisinha. O paradoxo é que a falta de jeito tem seu lado positivo: elas não são tão exigentes e por isso não assustam os parceiros da mesma faixa etária. Na opinião da representante comercial Elaine*, 39 anos, divorciada e mãe de uma adolescente, a descoberta do sexo na juventude é uma delícia, mas na maturidade a mulher se apropria do prazer. Seu processo de iniciação revela alguns desajeitos juvenis.

"Perdi a virgindade aos 21 anos, com um homem que considerei 'bom para casar'. Foi uma relação tranqüila, respeitosa, mas não houve tesão, me senti fria e retraída." Na verdade, ela sentia tesão pelo ex, com quem tinha namorado dos 17 aos 20 anos. Resultado: teve uma recaída com o amor da adolescência. "O meu primeiro orgasmo foi maravilhoso, eu me sentia literalmente derretendo." Derreteu-se de novo quando conheceu o pai de sua filha, mas, lembra que mesmo apaixonada, levou meses para atingir o clímax. Hoje, à beira dos 40 anos, só tem a comemorar. Antes eu pensava que precisava apenas satisfazer o homem. Tinha medo de pedir sexo, achava vulgar. Atualmente, quando percebo que o parceiro fica perdido, vou guiando a mão dele, mostro onde desejo ser tocada. Se for preciso, me masturbo na frente dele. Tem homem que adora isso." Quanto mais a mulher se conhece, maior o contato com as próprias fantasias. Cada um tem as suas e realizá-las ou não é decisão particular. Porém, mesmo que permaneçam no imaginário, elas são combustível para o sexo. Elaine decidiu matar a vontade. Foi com o namorado numa casa de suingue e não se arrepende. "Não participamos de troca de casais, mas transamos numa cabine com outras pessoas olhando. Senti que me devoravam com os olhos e gostei."

Segundo a médica Carmita Abdo, o número de mulheres que afirmam ter orgasmos aumenta proporcionalmente com a idade - a maioria concentra-se na faixa acima de 30 anos. "Isso ocorre essencialmente por três motivos: nessa fase a mulher já ganhou experiência, conhece seu corpo e aprendeu a se comunicar com o parceiro." Nesse processo de amadurecimento, a gravidez ajuda. Embora logo após o parto a disposição para o sexo diminua, as alterações da gestação e a amamentação potencializam a percepção corporal.

A escriturária Márcia* casou aos 17 anos e diz que o primeiro orgasmo só aconteceu aos 20, depois de ter sido mãe. Hoje, aos 52 anos, declara que os calorões da menopausa não diminuíram seu fogo. Ela, que sempre apreciou o sexo, se sente mais livre para praticá-lo. "Casei virgem, como era obrigatório na minha época, e minha primeira vez foi decepcionante. Faltou carinho." Márcia não tinha parâmetros para comparar, mas já desconfiava que sexo não era só aquilo. Aos 19 anos, grávida pela primeira vez, teve uma experiência marcante: o marido levou-a ao cinema para assistir ao filme O IMPÉRIO DOS SENTIDOS, clássico erótico dos anos 70. Ela gostou do filme, o marido achou um horror; ela queria repetir algumas cenas em casa, ele achava que "aquilo" era coisa de prostituta. O descompasso do casal era evidente e ela teve alguns casos extraconjugais. Dez anos e duas filhas depois, Márcia pediu a separação. O segundo casamento durou 14 anos e do ponto de vista sexual foi muito mais satisfatório. Ela não credita isso ao fato de o marido ser dez anos mais jovem, e sim ao próprio amadurecimento. "Com o tempo, a gente fica mais desbocada, tem coragem de falar o que quer e pedir o que gosta", diz. Alheia ao preconceito contra as mais velhas, Márcia esbanja vitalidade e namora um homem que está na faixa dos 30. Para emperar a relação, ela investe em lingeries sensuais, vídeos eróticos e também adora seduzir o parceiro com ligações telefônicas picantes. "O mais importante", acredita, é criar um clima de intimidade. É assim que se prepara um encontro." Márcia hoje sente-se poderosa como fêmea: Eu me permito ousadias que aos 20 eram impensáveis".

De acordo com Carmita Abdo, "se a mulher se inserir socialmente, preservar a saúde física, não abusar do fumo ou da bebida, não engordar demais e, sobretudo, já tiver uma vivência sexual prazerosa anterior, terá mais chances de sentir-se sexualmente interessante após a menopausa". E essa autoconfiança faz diferença. Então, seja qual for a sua idade, o que importa é saber que o climatério é uma decorrência do estilo de vida e do modo como cada uma se situa no mundo. Quanto mais você cultivar sua força - física, mental, emocional -, mais numerosos serão seus recursos para lidar com eventuais desconfortos desse período em que a vida pode dar um salto de qualidade. E o sexo também.

* NOMES TROCADOS PARA PRESERVAR A IDENTIDADE DAS ENTREVISTADAS

Elas e Eles
Sexualidade não é sinônimo de genitalidade. Além do aspecto biológico, fatores culturais e emocionais entram na equação das décadas

DOS 20 AOS 29 ANOS
ELAS É o melhor momento para a mulher engravidar, mas muitas sentem-se inseguras a respeito do corpo. Tendem a se concentrar mais no desejo do parceiro do que no próprio.
ELES Estão cheios de energia, não costumam negar fogo. O único problema é que às vezes são afoitos demais, negligenciam as preliminares e esquecem do prazer da companheira.
DOS 30 AOS 39 ANOS
ELAS Conhecem melhor o corpo e a maioria já teve orgasmo. Correm o risco de valorizar apenas as relações que levam ao clímax, desperdiçando o prazer geral dos momentos íntimos.
ELES Mais experientes, sabem agradar a uma mulher. No entanto, o excesso de autoconfiança pode atrapalhar. Quem tem parceira fixa costuma esquecer quanto é importante reconquistá-la.
DOS 40 AOS 49 ANOS
ELAS No aspecto emocional, essa é a década da plenitude e isso se reflete positivamente na sexualidade. Mas, como a juventude é supervalorizada socialmente, a meia-idade pode causar insegurança a respeito dos poderes de sedução, sobretudo para as que estão sem parceiro.
ELES A potência continua, mas as respostas corporais ficam lentas. Demoram mais para obter a ereção e têm maior dificuldade em mantê-la, a rigidez peniana diminui. A disposição para o sexo dependerá muito da manutenção da saúde em geral e não só da sexual. A experiência lhes confere uma habilidade que compensa a diminuição do ímpeto juvenil.
A PARTIR DOS 50 ANOS
ELAS É uma fase de maior independência, os filhos já se viram sozinhos e a mulher destina mais tempo e energia para si mesma, o que favorece sua sexualidade. Porém, a queda hormonal costuma diminuir o desejo e a lubrificação vaginal. O risco é se acomodar nessa situação, que pode e deve ser contornada com cuidados específicos ou ajuda médica.
ELES Não estão mais em ponto de bala como na juventude. Por outro lado, podem tornar-se bons amantes - como a ereção demora a surgir, valorizam as preliminares e prestam mais atenção no prazer da parceira.
Excitante

BEM-ESTAR Quem pensaria em sexo depois de uma jornada exaustiva de trabalho? O direito ao prazer implica um pouco de ócio e lazer.

MASTURBAÇÃO Não se censure. A masturbação fará você ficar mais sábia a respeito do seu corpo e do seu desejo.

CUMPLICIDADE Comunique-se com seu par. A conversa não é só verbal. Lembre-se de que o corpo todo fala. Um olhar pode ser eloqüente.

ESPONTANEIDADE Respeite seus limites. Sexo é prazer e liberdade. Nada pode ser forçado e ninguém deve se sacrificar pelo parceiro. Mas não se esqueça de que você muda e os limites também. Reveja-os sempre.

AUTOESTIMA Essa é a chave para se obter prazer, no sexo e na vida.

IMAGINAÇÃO Pense em sexo. A fantasia é afrodisíaca.

Broxante

ÁLCOOL Se a meta é ter uma noite gloriosa, evite o álcool ou atenha-se a uma dose, só para celebrar. O excesso compromete a performance.

DROGAS Tanto as drogas ilícitas quanto as legais podem interferir no desempenho. Se sentir que algum remédio provoca queda de libido, consulte o médico.

ESTEREÓTIPOS Não fique preocupada com a freqüência sexual: cuide do seu relacionamento e não tente se encaixar nas estatísticas das amigas e das revistas.

COMPARAÇÕES Não quebre o clima comparando a sua performance (ou a do parceiro) com a de 20 anos atrás. Concentre-se no agora: a magia do sexo é que cada momento é único.

PREOCUPAÇÕES Deixe os problemas fora da cama. Permaneça presente no ato e entregue-se.



Fonte: Claudia 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013



Sexóloga ensina técnicas para se sentir a vontade consigo mesma e se permitir ter prazer




As mulheres se masturbam menos do que os homens ou simplesmente falam pouco sobre o assunto? Segundo a sexóloga e psicóloga Carla Cecarello, pesquisadora do assunto, esta não é apenas uma questão de discrição: elas, de fato, se tocam com menos frequência do que eles.
De acordo com a especialista, o problema não está na falta de desejo, mas sim na repressão sexual que as mulheres sofreram ao longo dos anos e ainda sofrem. “Nós, homens e mulheres, temos as mesmas vontades. Porém, enquanto o menino é estimulado desde cedo a explorar e expressar sua sexualidade, a menina é reprimida, sendo ensinada a sentar de perna fechada, a não andar sem calcinha pela casa, etc.”, exemplifica Carla. “Do mesmo jeito, na adolescência, é aceitável que o garoto fique com várias meninas, ou assista pornografia. Já a menina não, ela é tida como ‘galinha’ se fizer essas coisas”, completa.

Masturbar-se é saudável
Por conta desses fatores, muitas mulheres acabam não desenvolvendo o hábito de se masturbar, o que as prejudica em alguns pontos. Um deles é a falta de conhecimento do próprio corpo, que pode levar a uma vida sexual insatisfatória e um desconforto generalizado consigo mesma. Isso também pode levar à dificuldade em atingir o orgasmo, já que essas mulheres, muitas vezes, são tão travadas que não conseguem relaxar na hora do sexo.
“Masturbar-se todos os dias é normal e saudável, desde que haja desejo para isso. Sem dúvida, recomendo para todas as mulheres”, afirma a sexóloga, ressaltando que a masturbação em excesso (mais de três vezes por dia) também é prejudicial.

Como se masturbar
A seguir, Carla indica uma sequência de exercícios para as mulheres que nunca se masturbaram, mas desejam começar e explorar melhor sua sexualidade. “A repressão faz com que a mulher não sinta vontade de se masturbar, mas, na verdade, se trabalharmos seu psicológico nesse sentido, ela vai descobrir que não é pecado, não é feio, que isso não irá torná-la homossexual e que é bom”, garante a psicóloga. Trabalhe esses passos pouco a pouco, ao longo dos dias, conforme for se sentindo mais confortável.

Passo 1
Em um primeiro momento, a sexóloga não indica o toque genital. “Encontre um lugar reservado, onde você se sinta a vontade e protegida, e comece a andar nua. Isso vai fazer com que você fique mais a vontade e se liberte da vergonha as poucos”, orienta Carla.

Passo 2
A psicóloga afirma que, geralmente, a mulher que nunca quis se masturbar tem vergonha de se mostrar de uma maneira geral. Por isso, tente ousar um pouco mais no figurino, usando decote e mostrando as pernas. Familiarize-se com o seu próprio corpo.

Passo 3
Tire a roupa e olhe-se no espelho: observe seu corpo de frente e de costas, atentando-se para os detalhes. Perceba quais partes você gosta menos e mais e por quê.

Passo 4
Ainda na frente do espelho, comece a acariciar seu rosto, fazendo movimentos circulares. No dia seguinte, repita o exercício, mas, desta vez, tocando também o pescoço.

Passo 5
Passe a acariciar também os seios e observe suas reações. “Se você se sentir constrangida, tente descobrir onde está esse constrangimento. Volte no dia seguinte e tente de novo”, aconselha a sexóloga. Toque também a barriga, os braços, as pernas, mas não a genital.

Passo 6
“Encontre um lugar confortável: pode ser na cama, no sofá, deitada ou em pé – tanto faz, desde que você esteja a vontade”, orienta. Abra as pernas e segure um espelho entre elas. Observe a vagina, os grandes e pequenos lábios, o clitóris, a entrada do canal vaginal, etc. Não tenha medo de abri-la para enxergar melhor: o objetivo é que você conheça o seu corpo.

Passo 7
Comece a se tocar, focando nas reações do seu corpo. Mexa no clitóris, fazendo movimentos circulares, de um lado para outro ou de cima para baixo. Coloque mais ou menos pressão e velocidade conforme sentir vontade. Você também pode introduzir um ou mais dedos na vagina, movimentá-los lá dentro ou simular a penetração.

A partir daí, observe os jeitos que mais gosta de ser tocada e o que te excita. Aos poucos, você vai se soltar, aprimorar suas técnicas e querer fazer cada vez mais.

Dicas para ter prazer
Explore as zonas erógenas do seu corpo: toque os seios, a parte interna da coxa, virilha, parte interna dos braços, etc.
Para se excitar, imagina situações que considera estimulantes. Quando estiver mais desinibida, tente assistir a um filme erótico ou vídeos na internet.
Não se preocupe em ter um orgasmo. “Foque no que você sente com cada toque. O orgasmo vai ser uma consequência com o tempo”, afirma a sexóloga.
Num primeiro momento, não use lubrificantes. “É importante que você aprenda a fantasiar para que perceba sua secreção natural.”

Fonte: Bolsa de mulher

quarta-feira, 4 de setembro de 2013



Poliamor é um tipo de relação em que cada pessoa tem a liberdade de manter mais do que um relacionamento ao mesmo tempo. Não segue a monogamia como modelo de felicidade, o que não implica, porém, a promiscuidade. Não se trata de procurar obsessivamente novas relações pelo fato de ter essa possibilidade sempre em aberto, mas sim de viver naturalmente tendo essa liberdade em mente.
O Poliamor pressupõe uma total honestidade no seio da relação. Não se trata de enganar nem magoar ninguém. Tem como princípio que todas as pessoas envolvidas estão a par da situação e se sentem confortáveis com ela.
Difere de outras formas de não-monogamia pelo fato de aceitar a afetividade em relação a mais do que uma pessoa. Tal como o próprio nome indica, poliamor significa muitos amores, ou seja, a possibilidade de amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Chamar-lhe amor, paixão, desejo, atração, ou carinho, é apenas uma questão de terminologia. A ideia principal é admitir essa variedade de sentimentos que se desenvolvem em relação a várias pessoas, e que vão para além da mera relação sexual.
O Poliamor aceita como fato evidente que todas as pessoas têm sentimentos em relação a outras que as rodeiam. E isto não põe necessariamente em causa sentimentos ou relações anteriores.
O ciúme passa a ser questionável. Primeiro porque nenhuma relação está posta em causa pela mera existência de outra, mas sim pela sua própria capacidade de se manter ou não. Segundo, porque a principal causa do ciúme, a insegurança, pode ser eliminada, já que a abertura é total.
Não havendo consequências restritivas para um comportamento, deixa de haver razão para esconder seja o que for. Cada pessoa tem o domínio total da situação, e a liberdade para fazer escolhas a qualquer momento.

E você o que acha do poliamor?




Fonte: Poliamor.pt