sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

  • Na festa da empresa pode rolar paquera? Pode, mas a culpa não é da festa.
Para muitos casais, o fim de ano representa uma espécie de prova de fogo para o relacionamento, já que nos dias que antecedem as festividades de final de ano muitas empresas costumam realizar suas badaladas festas de confraternização. Como a maioria não permite que o funcionário leve acompanhante, não é raro que o par sinta ciúmes da diversão alheia.
"As pessoas ficam mesmo mais soltas nessas ocasiões", comenta a terapeuta de casal Cleide Vieira, do Rio de Janeiro (RJ). "Afinal, elas representam o fim de um ciclo e todo mundo quer extravasar a tensão e o cansaço dos últimos meses. No entanto, isso não significa necessariamente que o parceiro ou parceira vá 'aprontar'. O que cada um sente sobre o outro diz respeito a outras questões do relacionamento que podem não tem nada a ver com o acontecimento em si", completa.
Na festa da empresa pode rolar paquera? Pode, mas a culpa não é da festa

Para muitos casais, o fim de ano representa uma espécie de prova de fogo para o relacionamento, já que nos dias que antecedem as festividades de final de ano muitas empresas costumam realizar suas badaladas festas de confraternização. Como a maioria não permite que o funcionário leve acompanhante, não é raro que o par sinta ciúmes da diversão alheia.


Alguns homens e mulheres, mais controladores e possessivos, tentam proibir que o par participe desse tipo de comemoração, o que não é, segundo especialistas, nem um pouco saudável para a relação. Trata-se do mais evidente sinal de falta de confiança no outro. E como não confia, se sente inseguro com o ambiente que pode favorecer que ocorram envolvimentos fora da rotina de trabalho.

Na opinião da psicóloga Yara Kuperstein Ingberman, doutora em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo) e membro da SBP (Sociedade Brasileira de Psicologia), as discussões sobre o tema costumam acontecer porque, em nossa cultura, as pessoas acham que o relacionamento lhes dá posse umas sobre as outras. "Há a ideia de que as duas partes devem andar sempre juntas, caso se amem, o que é um conceito equivocado sobre uma relação", observa.

Para a psicóloga Maria Rocha, de São Paulo (SP), a festa pode, sim, favorecer algo que já existe --uma paquera ou uma atração entre colegas--, ainda mais porque a bebida alcoólica ajuda as pessoas a ficarem mais desinibidas.

"Mas isso são atitudes ou sentimentos particulares de cada um, independentemente da reunião de final de ano. A pessoa não é assim só nessa situação, ela é assim o tempo todo. O que está em jogo é a personalidade de cada um. A bebida apenas encoraja comportamentos que estão represados", afirma.

Alguns casais, na tentativa de cessarem as brigas ou não terem motivo para discussões mais acirradas, chegam a fazer acordos do tipo "se você não for à festa da sua empresa, eu também abro mão da minha". São, na maior parte das vezes, combinados emergenciais que apenas varrem algumas questões –desconfiança, ciúme, medo, baixa autoestima– para baixo do tapete.

"Para mim, parecem mais sinônimo de fuga do que acordos. Não demonstram confiança em si nem no outro. É bem diferente não ir por não querer estar sem o par do que não ir para não correr riscos", fala Yara. "E mais: esse tipo de ajuste cria precedentes para várias outras situações de manipulação e controle; sendo que, por mais que alguém se esforce em tomar conta da vida do outro o tempo todo, nada oferece a garantia de a relação dar certo ou ser imune a uma traição", declara Cleide.

Por fim, a psicóloga Maria Rocha levanta outra hipótese: a de que quem tenta podar o par, na verdade, é que cultiva determinadas ideias na cabeça. "Ele pode projetar no outro aquilo que tem vontade de fazer, faz ou vê acontecer. Mas é uma fantasia da pessoa, que pode estar pautada em fatos reais ou não", expõe.



  • Se ainda há amor, é válido tentar corrigir o que está atrapalhando o relacionamento
Uma separação sempre vem acompanhada de sofrimento, mesmo quando o amor acabou e já não há mais motivos para manter o relacionamento. E é por isso mesmo que muitos casais insistem em tentar preservar uma relação que já chegou ao fim.  



"Muitas pessoas não se separam quando deixam de amar porque criaram raízes poderosas naquele relacionamento", diz o psicólogo especializado no estudo do relacionamento amoroso Ailton Amélio, professor do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo).

"A identidade da pessoa se mistura com a do par. O 'eu' e 'você' vira 'nós'. As pessoas começam a tratar o casal como uma unidade, que também se vê, psicologicamente, assim. Recuperar a identidade de solteiro após a separação pode levar até três anos", explica.
A psicóloga Carmen Cerqueira Cesar concorda. "Muitas pessoas permanecem juntas pois, emocionalmente, não se sustentam sozinhas. Precisariam amadurecer. Mas crescer dói, dá trabalho. O ganho em manter essa situação é permanecer protegido do esforço que implica o processo de individualização", afirma.
Abrir mão de um relacionamento é, também, desistir de sonhos e planos feitos com a outra pessoa. A viagem que aconteceria no ano que vem, a casa que comprariam, o negócio que abririam na aposentadoria. Tudo isso rui quando o fim da união é decretado. "A pessoa que se separa tem de desfazer todo o seu planejamento para o futuro e recomeçar", diz Amélio.
Se há filhos, a dificuldade aumenta. Além de ter de começar uma vida nova sozinho, será preciso lidar com o convívio com o ex-parceiro. Caso uma das partes dependa da outra financeiramente, surge, ainda, o medo de diminuir o padrão de vida econômico atual.
As razões para insistir em uma relação que já acabou são inúmeras. E todas legítimas. No entanto, há consequências negativas em manter uma união sem amor, a começar por conviver com o constante sentimento de insatisfação. Segundo os especialistas, dividir a vida alguém, o que inclui abrir mão de alguns desejos, só é possível se existe amor. Quando o sentimento acaba, a vida a dois pode se tornar um martírio.
"A insatisfação desgasta a relação do casal e o convívio familiar. Mal resolvidos, os dois se machucam e afetam as pessoas que estão ao redor, inclusive os filhos", diz Carmen.
A terapeuta familiar e de casal Margarete Volpi, mestre em psicoterapia pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), bate na mesma tecla: "Não dá para ter uma família saudável sem antes ser um casal saudável". E quanto antes o casal se der conta disso, menos sofrimento os filhos terão.
"Se a parceria for madura, os filhos entenderão e poderá haver um bom relacionamento entre os pais. Dessa forma, as crianças receberão um bom exemplo de como se busca a felicidade", afirma a médica Sylvia Marzano, especializada em psicoterapia sociodramática de família, casais e grupos pela PUC-Goiás (Pontifícia Universidade Católica de Goiás).

Colocando na balança

Ao sentir dificuldade de tomar uma decisão, é preciso avaliar os prejuízos no presente e no futuro. "Às vezes, adiando a separação, a pessoa evita um desconforto no momento, mas, a médio prazo, pagará custos altíssimos, como o fato de ter de viver uma vida que não lhe satisfaz, sem energia, sem motivação para seguir adiante", afirma Ailton Amélio.
Por outro lado, é preciso avaliar se o amor realmente acabou. Se ainda houver sentimento, vale tentar descobrir o que foi que deteriorou a convivência. A distância que se instaurou entre o casal pode ser resultado de uma comunicação deficiente, de expectativas irreais em relação ao outro e de conflitos mal resolvidos.
Dando uma atenção especial a essas questões, em alguns casos, é possível reerguer o relacionamento. Ou, ao menos, evitar a culpa, no futuro, por achar que não lutou o suficiente pela relação. "O companheirismo e a amizade até podem sustentar uma relação. Mas depende de quais são as expectativas de vida de cada um", diz Carmen.
Porém, se todas as tentativas de estabelecer uma convivência feliz e prazerosa forem frustradas, o melhor a fazer é encarar a mudança, com a certeza de que o fim de um relacionamento é sempre muito triste, mas, depois dele, vem o recomeço e um mundo de possibilidades se abrirá. "Não é impossível começar do zero. Mas é preciso colocar a felicidade em primeiro lugar e responder a uma pergunta importante: o que você valoriza na vida? E, a partir daí, começar a se dedicar aos seus sonhos", diz Margarete.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A mulher está mais agressiva. O homem, menos gentil. Quem começou isso primeiro ?

A noite está uma guerra – queixa-se a moça bonita e solteira. Agora nem preciso mais chegar junto – festeja o carinha de calça skinny e barba de oito dias. Vou meter o dedo no olho dela – ameaça a namoradinha, vendo uma periguete arrastando a asa pros seus domínios. Nós somos Constantinopla e elas são os turcos – comemora Marcos Palmeira na abertura do longa “E Aí, Comeu?”, de Felipe Joffily.

Já vem acontecendo faz tempo, não é novidade. Pode ser resquício da queima de sutiãs ou das primeiras CEOs, não sei. Fato é que elas estão se portando como iguais aos homens. Estão mais objetivas, mais focadas, com menos mimimi. Também vão pra cima, também xavecam, também derrubam. Fazem isso em plena luz do dia, no trabalho, nas aulas de Cross Fit, no trânsito. E repetem o comportamento durante a noite também, claro. Mordem e deixam roxo. O Alfa se ressente. Gosta da pegada varejo que a night se tornou, mas reclama: a mulherada perdeu a ternura. Perdeu mesmo, verdade. Há registros inclusive de uma moça que recusou flores, porque teria que pôr no vaso e eventualmente regar. Estão muito brutas – diz outro queixoso. Me atacaram como se eu fosse um objeto – acusa o gatinho, sorrindo dentes quebrados.

Ainda ganham menos, segundo pesquisas (coisa que daria outra crônica; se quiserem escrevo). Ganham menos até nos torneios de tênis.

Agora, se as mulheres perderam um pouco a ternura, os homens também deixaram de ser cavalheiros. Pararam de seguir a etiqueta das relações afetivas – para seguir o Bolsonaro no feice. Elas vieram pra cima, e eles deixaram de ser gentis. Coisa mais comum do mundo, hoje, é dividir a conta – algumas vezes até separando uma cerveja a mais num lado, uma caipirinha de saquê no outro. Vixe, nossa, uia. Não abrimos mais a porta do carro pra elas. Credo. Tem gente até que deixa a moça no ponto de táxi, depois do dois-vira-quatro-acaba. O homem, diante de um rebolado, parou de receber a verve de Fernando Pessoa para encarnar Compadre Washington.

Gente do céu ! Estamos tratando as mulheres como iguais ! Tudo bem que elas querem isso mesmo, mas não precisa tratar como igual o tempo todo. Se isso é bom para o ambiente corporativo, é no mínimo cegueira anatômica para a vida lá fora (que é onde as melhores coisas acontecem).

Mas quem começou primeiro ? Os homens, que desencanaram da sedução protocolar básica – ou as mulheres, que desistiram do modelo de conduta consagrado desde Maria Madalena ? Qual foi o primeiro pé que chutou as convenções ? Quem começou com essa de ser igual até na sedução ? Quem é ovo e quem é ave, aqui ?

Eu não sei responder. Sei, isso sim, que ficou pálido, sem nenhuma cor. Ternura nunca fez mal a ninguém, pelo contrário. Não fosse a ternura não haveria o filho mais velho dela (o cafuné), nem o irmão caçula (o bolo de chocolate). E ser cavalheiro é tipo Stones, Michelangelo e jeans com camiseta branca. Básico. Moderno.

Digo tudo isso acima porque me parece ser assunto quente para esta semana pré-natal, quando as pessoas costumam se refugiar bastante em bar. Amigo secreto, encontros de escola aterradores, festa da firma, não falta mesa. Também não vai faltar menino querendo rachar conta e menina querendo conversar de homem pra homem. Me parece o ambiente adequado para discussões infindáveis como essa, apesar da ressaca que inapelavelmente virá em seguida. Então, aqueçam os argumentos e me digam: quem começou primeiro ?


Lusa Silvestre

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014


Porque toda  mulher goza, primeiramente, pela mente
  O sexo para a mulher, começa muito antes da cama e termina muito depois dela. Apesar de alguns homens estarem conscientes desse fato, poucos realmente o levam a sério. Mal sabem quantas oportunidades estão desperdiçando. Sempre conto esse segredo para os homens que atendo no meu consultório, inclusive me apoiando em depoimentos preciosos dados por mulheres com quem já conversei, como os abaixo:



“Não foi o tamanho do pau dele que me impressionou, mas a maneira como de manhã ele tratou aquela senhora que mal conseguia atravessar a rua. Sua delicadeza me deixou super-excitada.”

 “Ele se esforçou como um guerreiro, até broxou, mas foi a dignidade de olhar nos meus olhos e dizer que estava ansioso por me deixar molhada que me cativou para ter mais sexo com ele.”

 “Quando ele colocou gentilmente minha cabeça sobre o braço dele sem me fazer correr dali como uma vagabunda eu soube que ele seria o pai dos meus filhos. E foi.”

Não quero dizer que os corpos, as línguas, os toques e a força não contam para impressionar, mas a qualidade determinante está muito longe dos lençóis. A mulher goza, primeiramente, pela mente. É pela personalidade dele que elas se apaixonam. Pintos existem muitos, mas pessoas incomuns são raras. Ela até pode querer saborear uma foda incrível com um cara patético, mas entre essa rapidinha e o caráter de um aprendiz, ela prefere trabalhar em cima do valor que o principiante tem. E esse pequeno fator que faz a mente de uma mulher gozar é negligenciado pela maioria dos homens.

A mulher transa com uma narrativa que vai sendo tecida para além do desejo sexual – ela não é fisgada pela potência genital do homem, mas pela sua capacidade de penetrar o mundo. Não é da broxada, da falência e do erro que ela foge, mas dá incapacidade de reagir, retomar e se soerguer. A possibilidade de poder viver uma jornada ao lado de um homem incrível, a excita mais do que bombadas dadas por um cara de pinto grande. É por isso que, na maioria das vezes em que uma mulher recusa o sexo, ela está procurando o algo mais naquele homem. É um desafio para que ele tire a venda que está em seu coração e a penetre com o corpo todo, não só com o penis.

Ela se aborrece não pela ejaculação precoce, mas pelos olhos desconcentrados e a preocupação em parecer poderoso só para si mesmo. Ela fica seca com o egoísmo que a desconsidera como parte essencial do prazer do casal. Ela esfria quando ele tenta romper a meia luz envergonhada, por conta de uma dobrinha a mais, só para ver pornograficamente tudo as claras. Ela broxa se a mão dele está desatentamente gelada na hora do toque ou se ele nem se deu ao trabalho de aparar as unhas para masturbá-la. Não é com o tapa da bunda que ela se ofende, mas com a cegueira emocional de um homem tão autocentrado que nem a si mesmo enxerga. Degustar cada espaço, reparar no detalhe comum da dobra atrás do joelho, brincar com a água que espirra debaixo do chuveiro são êxtases silenciosos e superficialmente não sexuais. Para um olhar condicionado é apenas um ato comum.

O que esfria a mulher é quando a cama é só cama, de madeira, molas, espuma, genitais e movimento. O que a incendeia, ainda que ela diga que também gosta de sexo impessoal, é perceber pelo brilho nos olhos dele, que ele a enxergou por trás da bunda grande ou das coxas torneadas.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014



  Sexy-Naked-Kiss

Segundo uma investigação norte-americana recente o sexo pela manhã deixa as pessoas mais otimistas e bem-dispostos, fortalece o sistema imunológico e mantém o casal mais ligado durante o dia. Para a cientista e educadora sexual Debby Herbenick, as relações sexuais libertam ocitocina, o hormônio do amor que melhora o humor, promove o otimismo, estimula a afetividade entre o casal e aumenta os níveis da hemoglobina A, um anticorpo que nos protege contra infecções.

Segundo a profissional, no período da manhã, o efeito da ocitocina é potencializado porque o metabolismo está menos acelerado, comparado com outras horas do dia. Quando acordamos, o desejo está aumentado e é muito mais fácil iniciar um envolvimento sexual, embora reconheça que o desejo é muito variável e que muitas mulheres não estão disponíveis para o sexo de manhã, porque se sentem desligadas.

A manhã pode ser um excelente momento erótico para o casal, o que não significa obrigatoriamente uma atividade sexual com penetração. De manhã, em vez de se levantar de repente, reserve cinco ou 10 minutos para trocar mimos, beijos e elogios. Esta intimidade é, segundo a educadora, fundamental para aumentar o erotismo no casal e, por vezes, pode ser o suficiente para despertar o desejo e passar para outro nível de envolvimento, mas o mais importante é ir preparando o caminho para o momento em que ambos tenham disponibilidade.


Fonte: Revista Rv.